Com Missa, Diocese de Registro abre o Mês Missionário Extraordinário

Com Missa, Diocese de Registro abre o Mês Missionário Extraordinário

 Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior, MSC, bispo diocesano de Registro, presidiu Celebração Eucarística na memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus, com abertura do Mês Missionário Extraordinário, na terça-feira, 01, na Catedral São Francisco Xavier. A liturgia foi preparada pelo COMIDI (Conselho Missionário Diocesano) e pelas paróquias das cidades de Registro, Sete Barras e Jacupiranga.

O Mês Missionário Extraordinário, foi Convocado pelo Papa Francisco em outubro de 2017, e tem como tema “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”. Seu objetivo quer despertar a consciência da missão ad gentes, além-fronteiras. Realizada no Brasil desde 1972, no mês de outubro, a Campanha Missionária ganhou este ano um maior impulso eclesial com a coincidência do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo para a Amazônia.

 “O Papa, ao convocar este mês missionário, quer impulsionar a todos nós, é preciso que a gente saia no mundo. Quando a gente vai ao encontro das pessoas, saímos mais fortalecidos, porque as pessoas também nos ensinam, também nos evangelizam. É uma troca: eu levo minha experiência de Cristo, e o Senhor transforma a vida do outro, para me tocar”, disse dom Manoel em sua homilia.

 O prelado chamou a atenção para as novas realidades em que os cristãos são chamados a evangelizar: “agora precisamos voltar nossa atenção missionária para um outro continente, o continente da Internet. É um continente tão pervertido: gente agressiva, com raiva, xingando os outros, postando e compartilhando coisas ruins. Por isso, somos chamados a evangelizar sexto continente. O cristão é aquele que não dá prosseguimento ao que é ruim, mas cortando pela raiz, anuncia coisas boas. Somos chamados a ser anunciadores do Reino de Deus, essa é a nossa missão. ‘Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz’, que é portador da paz, não do ódio, não da vingança, não do mal”.

 “E como fazemos missão?”, perguntou dom Manoel, acrescentando: “Saindo do nosso mundinho! Eu tenho dito nas visitas pastorais que tem gente que há 20 anos faz o mesmo percurso, sai de casa, vai pelo mesmo caminho, entra na mesma Igreja, senta no mesmo banco, termina a missa e volta para casa do mesmo jeito, nem olha para o lado, não cumprimenta o irmão, não fala de Jesus Cristo. Nós somos chamados a cuidar do outro, olhar e evangelizar os nossos irmãos”.

 Partilhando um pouco da realidade missionária que vive a Diocese de Registro, dom Manoel recordou que tem percebido o “quanto as pessoas não são evangelizadas: tem o pouco de evangélicos, um pouco de católicos mais ou menos evangelizados e a maioria não está nem aí para nada, porém tem necessidade de Jesus Cristo”. E relatou: “estes dias, em Itariri, visitando o pronto socorro, deparei-me com uma mulher que sofria com muita dor. Perguntei a ela ‘a senhora é católica? Não! Evangélica? Não! O que a senhora é? Não sou nada, mas pode rezar por mim!’. Ela tinha necessidade de oração e os leigos são chamados a serem evangelizadores no mundo: lá onde você vive, onde você trabalha, lá onde você mora, lá na escola onde você está estudando, o cristão deve ser diferente dos outros, é preciso que sejamos missionários de Jesus Cristo.”, concluiu.

 Ao término da celebração, houve apresentação de uma dança bengalesa, típica do país asiático de Bangladesh e foi exibido um vídeo que apresentava relatos da missão em diferentes paróquias e realidades da Diocese de Registro.

 

Rubens da Cruz